The Theory of Everything
Diretor: James Marsh
123 min
Baseado na biografia de Stephen Hawking, o filme mostra como o jovem
astrofísico (Eddie Redmayne) fez descobertas importantes sobre o tempo,
além de retratar o seu romance com a aluna de Cambridge Jane Wide
(Felicity Jones) e a descoberta de uma doença motora degenerativa,
quando ele tinha apenas 21 anos. (AdoroCinema)
Numa cinebiografia de um dos cientistas mais importantes do mundo, é implícito que a ciência deveria estar presente numa maioria das cenas do filme, o que de fato acontece. Mas, graças à um ótimo roteiro, as tais cenas são autoexplicativas. Convenhamos, o cara é um dos maiores físicos de todos os tempos. Seria muito mais fácil ao roteirista, Anthony McCarten, simplesmente jogar milhões de teorias sem explica-las, porém não existe nenhuma ponta solta sobre nenhum fato científico mencionado por Hawking ou algum dos seus professores ou companheiros de classe. No caso deste filme então, a compreensão dos termos e teorias científicas é extremamente necessária para o maior aproveito da história. A ciência no filme é usada, não somente, como "arma principal", ou até mesmo uma válvula de escape de Stephen, mas como uma maneira de incrementar e de detalhar mais os fatos vividos pelos personagens, de uma maneira bem singular. É curioso ver como suas ideias filosóficas e científicas vão mudando drasticamente ao longo do tempo.
Não vou botar imagens da atuação de Eddie Redmayne com o estágio mais avançado da doença e também não sugiro nenhuma pesquisa. O ator rouba todas as cenas do filme de uma forma gradativa. Com certeza a maquiagem do personagem contribuiu para a atuação do ator, mas Eddie Redmayne com certeza enfrentou um duro trabalho ao interpretar Stephen Hawking na telona., mas um trabalho que resultou num montante impressionante. Toda a dificuldade que surgiu na vida de Hawking foi bem retratada, mas nada que apelasse muito ao sensitivo. É um trabalho dosado, que não exagera e faz tudo muito bem. Uma estatueta do Oscar é mais do que merecida...
O elenco de apoio também está muito bom, mas nada que seja digno de premiações, o que contradiz, porém, com as listas de previsões do Oscar e das listas oficiais de concorrentes ao Globo de Ouro e do SAG Awards... vamos ver quem vai sair com o prêmio na mão.
O filme construiu a Cambridge dos anos 60 de uma maneira incrível e natural, usando um vocabulário mais formal e se adequando à vestimenta e arquitetura, e fazendo referências à cultura POP da época. A obra deixa o espectador mergulhado dentro da época em que o filme se passa, o que aumenta consideravelmente a experiência do filme. Um Oscar de Direção de Arte seria justo.
A Teoria de Tudo é um filme que mesmo tendo tudo pra ser um filme depressivo ou angustiante, não deixa as restrições da doença sobreporem a busca incessante de Hawking pelo saber. Mostra muito bem que Stephen Hawking é uma pessoa feliz, que dribla as limitações de uma doença para aproveitar o que a vida ainda lhe oferece. Filmaço.
5 indicações ao Oscar 2015, incluindo "Melhor Filme" |
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