Foxcatcher
Diretor: Bennett Miller
129 min
Diretor: Bennett Miller
129 min
Vamos começar com a sinopse: "Campeão olímpico de luta greco-romana, Mark Schultz (Channing Tatum)
sempre treinou com seu irmão mais velho, David (Mark Ruffalo), que é
também uma lenda no esporte. Até que, um dia, recebe um convite para
visitar o milionário John du Pont (Steve Carell) em sua mansão.
Apaixonado pelo esporte, du Pont oferece a Mark que entre em sua própria
equipe, a Foxcatcher, onde teria todas as condições necessárias para se
aprimorar. Atraído pelo salário e as condições de vida oferecidas, Mark
aceita a proposta e, assim, se muda para uma casa na propriedade do
milionário. Aos poucos eles se tornam amigos, mas a difícil
personalidade de du Pont faz com que Mark acabe seguindo uma trilha
perigosa para um atleta." (adorocinema). Não vou entrar muito na história do filme, pois cada detalhe pode fazer a diferença na compreensão da história.
O segredo desse filme é na combinação excelente de atuação e roteiro. Este último está por conta de E. Max Frye e Dan Futterman, que repetiram na "fórmula" usada em Capote (outro filmaço!) que, obviamente, deu certo. Os roteirista deixaram uma boa parte da história nas entrelinhas do texto. Não é tudo que acontece, nem toda a carga emocional dos personagens que é mostrada nas cenas de uma maneira mais literal, o que enriquece o filme de metáforas e prende o espectador a montar o quebra-cabeça emocional de cada personagem (deu pra entender? Mais ou menos?).
As interpretações do trio principal são divinas. Mark Rufallo e Steve Carrell estão irreconhecíveis. E aqui, Carrell provou que é um excelente ator. Um Oscar de Coadjuvante cairia muito bem. E Channing Tatum mostrou pra todo mundo que é um ator sério, que não é mais o "querido John" e que está pronto pra começar sua carreira em filmes mais sérios.
Foxcatcher
é um filme sobre luta, sobre esporte. Mas não deixe isso te levar a ver
o filme: a luta aqui é bem explorada no quesito emocional e individual.
Cada personagem lida da luta de uma maneira completamente diferente (e
eis mais um bom exemplo de um ótimo roteiro. A gente não percebe logo de
cara a particularidade de cada um, mas somos apresentados a cada
personagem de uma forma gradativa, até conhecermos bem cada um).
A edição desse filme também merece reconhecimento. Ela apresenta somente
o que é necessário para a história do filme, e por meio dessas cenas
cabe ao espectador construir o conceito de cada personagem do trio
principal. Nada do filme está em excesso por causa do incrível trabalho
de Jay Cassidy, Stuart Levy e Connor O'Neill (a gente geralmente não da
valor à edição, não é? Nesse filme um bom trabalho com tal serviço foi
inevitável. Tente prestar atenção neste detalhe, que merece seu
reconhecimento).
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